Era agora! Ariel estava morta, estava morta e não havia nada que pudesse fazer quanto a isso, para a salvar… Refiz-me do choque. Transpirando por todos os poros, decidi que ia dobrar a esquina, apontar a arma e mater aqueles dois canalhas. P’ró diabo se me ouvissem! Tomariam do mesmo remédio. Segurei a coronha da arma até os nós dos dedos ficarem brancos. Que fazia eu com uma arma na mão!? Eu!, que nem tropa fizera! Não passava de um tipo pacato, para quem as armas nem sentido faziam. Fechei os olhos com força e voltei a abri-los. Concentrei-me. Podia ser pacato, mas isso não fazia de mim otário. Era eu ou eles, matar ou morrer. Vi o filme todo correr na minha cabeça, uma, duas, três vezes, contei até três, respirei fundo e...! «FOGO! Chefe, a casa está a arder!» Pelas minhas costas, vindos da outra divisão, dois dos outros gorilas vinham em direcção ao corredor, alarmados. Pedro e a loira, surpreendidos pelo aviso do capanga, começaram a avançar em passo estugado na minha direcção. Se não tomasse depressa uma decisão, estava lixado. Seria encurralado!
17.1.09
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