24.12.08

Ridículo



E assim vamos, lendo e fumando, pensando e escrevendo. A olhar o passado e a piscar o olho ao futuro. Qual décima-terceira hora qual diabo, sinto-me atraído por ti e o resto não conta, ou se calhar ainda conta mais do que tudo o resto. Esta é uma sorte tremenda, saber usar as palavras a meu favor sem te deixar ficar mal, ser eu próprio no espaço a que chamas teu, é uma sorte, palavra que é, eu estou ao pé de ti e nem me sentes, aqui, à tua espera.

(...)

Esta vida não é certa, tem palavrões e coisas menos boas mas ainda assim é a vida que tenho para te dar, a única de que sou capaz. Não sei escrever poemas de amor, nem gosto, quanto mais expor-me à tua frente dessa forma, não, não sou ridículo.