Morreu George Carlin, um homem com um admirável sentido de humor: ácido, pungente, acutilante. Para trás, deixa 50 anos de uma irreverente carreira dedicada à crítica social, à política, à linguagem, à religião e, acima de tudo, ao ser humano, elemento de ligação entre todos os temas que são objecto da fina lâmina do seu humor.
Quem conhece a obra de George Carlin não poderá deixar de se admirar com a forma como este homem, de modo inteligente e brilhante, consegue transformar qualquer tópico, por mais sério que seja, numa brilhante peça de humor, desde o tema da violação ao suicídio. É, também, um homem que compreende a linguagem, que conhece o seu potencial de reflectir o pensamento humano mais primário.
Carlin, acima de nos fazer rir, obriga-nos a parar e a reflectir sobre nós, não apenas enquanto espécie, mas como indivíduos, e sobre o nosso comportamento.
Basta de elogios! Deixo-vos, somente, uma peça que não faz jus a uma extensa obra e o conselho, a quem conhece Carlin, que revisite a sua obra e, se não o conhece, instigo-o entusiasticamente, caro leitor, que investigue a sua obra.
Poderão saber mais sobre a morte de George Carlin aqui e têm uma curta biografia aqui.
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