Lá vai o Avô Casal,
de sobrolho carregado
e esqueleto pequeno,
os lábios finos,
a barba rala.
Lá vai o Avô Casal,
de língua afiada
e vigilante ouvido,
na luta a mirada fixa,
não vai cansado.
Lá vai o Avô Casal,
de olhos cerrados
e semblante sério,
p’la bandeira coberto,
vai deitado.
Lá vai o Avô Casal,
após a longa batalha,
descansando os velhos ossos,
vai vencedor
e sem remorsos.
Por liberdade vai a clamar,
vai em paz, junto ao cravo,
“olha o marquês”, lá vai!,
ouço-o cantar:
viva o descanso,
viva o Menezes,
viva o descanso toda a vida
e mais seis meses.
Lá vai o Avô Casal…
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