Local: Birmingham, Reino Unido.
Data: 3 de Fevereiro de 2007.
Hora local: 6:10am.
Facto: Insónia.
Causa provável:
1 – Cappuccino.
2 – Narguilé.
3 – Iogurte de pêssego e maracujá com pedaços.
Estado de espírito: Uma autêntica merda.
Arriscando-me a ficar repetitivo, este é o meu terceiro texto da série “Mente desocupada.” Duvido muito que se lembre do primeiro e, muito sinceramente, não me importa se gostou do segundo. A verdade, é que que começo lentamente a perceber que estes devaneios e divagações (pois de devaneios e divagações não passam), porém sempre os mais sinceros e transparentes, começam a ser cada vez menos saudáveis para a minha, já de si frágil e instável, saúde mental. Estou acordado desde as 3:30am e encontro-me num momento de lucidez tal que até já me pergunto “Será loucura? Será esta a lucidez que nem metade alcançarei quando for velho, experiente e sapiente?” Hm... não. Tenho para comigo que é loucura. A luz fere-me a vista cansada. As horas arrastam-se pesadamente como se tivessem todo o tempo do mundo, como se não tivessem um novo dia a anunciar. Este é o meu segundo texto desta longa e demorada madrugada de Sábado (escrevi um poema. Outro. Talvez o publique aqui. Não sei. Como estou no início, rogo-vos: be honest, yet kind. Severe, yet just. Bear in mind I am nothing more than a child. A sleepless child. Nevertheless, a mere child).
..............................................................
Depois de muitas voltas na cama e murros na almofada, decidi, estimado leitor, voltar a partilhar a minha insónia consigo. “Porquê?”, perguntar-se-á certamente. “O que raio tenho eu a ver com a merda da tua insónia, meu caramelo? Não achas que tenho mais com que me preocupar?” Bem, como ia dizendo, antes de ser rudemente interrompido, partilho as minhas insónias consigo porque, na altura em que esta amálgama de tinta e folha (que não será mais do que amálgama de 0s e 1s) chegar a si, tudo estará dito e o digníssimo leitor não terá a hipótese de me mandar fechar a matraca. Lamento, sei que é jogo sujo, mas nem essa oportunidade lhe concedo.
Não obstante, da mesma maneira sei, e não se ofenda caríssimo leitor, pois digo-o como elogio, que o bicho mais conhecido como “leitor” é coisa universal pois, independentemente de idade, género, crença, classe, ofício, clube de futebol ou cor preferida, vai querer ler este texto até ao fim, pela simples curiosidade de saber o desfecho. Sei-o, pois “leitor” também sou. Que é o “leitor” senão uma criança de volta dos presentes de Natal, agitando cada pacote, tentando adivinhar que surpresa o embrulho oculta? Pois bem, desde já lhe adianto, curioso leitor, que o desfecho é uma treta. É mau. Não tem qualquer reflexão interessante, nem sequer um twist de fazer arrepios correr espinha acima, espinha abaixo. Read at your own risk... of utter disappointment.
Bem, são agora 6:30am e, apesar de ser Sábado, tenho que “acordar” ás 6:45, porque decidi meter-me num comboio para Cardiff bem cedinho para só voltar à noitinha. Se o sono não me vencer entretanto, até me parece que vou ter um dia em grande.
O despertador toca...
2 – Narguilé.
3 – Iogurte de pêssego e maracujá com pedaços.
Estado de espírito: Uma autêntica merda.
Arriscando-me a ficar repetitivo, este é o meu terceiro texto da série “Mente desocupada.” Duvido muito que se lembre do primeiro e, muito sinceramente, não me importa se gostou do segundo. A verdade, é que que começo lentamente a perceber que estes devaneios e divagações (pois de devaneios e divagações não passam), porém sempre os mais sinceros e transparentes, começam a ser cada vez menos saudáveis para a minha, já de si frágil e instável, saúde mental. Estou acordado desde as 3:30am e encontro-me num momento de lucidez tal que até já me pergunto “Será loucura? Será esta a lucidez que nem metade alcançarei quando for velho, experiente e sapiente?” Hm... não. Tenho para comigo que é loucura. A luz fere-me a vista cansada. As horas arrastam-se pesadamente como se tivessem todo o tempo do mundo, como se não tivessem um novo dia a anunciar. Este é o meu segundo texto desta longa e demorada madrugada de Sábado (escrevi um poema. Outro. Talvez o publique aqui. Não sei. Como estou no início, rogo-vos: be honest, yet kind. Severe, yet just. Bear in mind I am nothing more than a child. A sleepless child. Nevertheless, a mere child).
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Depois de muitas voltas na cama e murros na almofada, decidi, estimado leitor, voltar a partilhar a minha insónia consigo. “Porquê?”, perguntar-se-á certamente. “O que raio tenho eu a ver com a merda da tua insónia, meu caramelo? Não achas que tenho mais com que me preocupar?” Bem, como ia dizendo, antes de ser rudemente interrompido, partilho as minhas insónias consigo porque, na altura em que esta amálgama de tinta e folha (que não será mais do que amálgama de 0s e 1s) chegar a si, tudo estará dito e o digníssimo leitor não terá a hipótese de me mandar fechar a matraca. Lamento, sei que é jogo sujo, mas nem essa oportunidade lhe concedo.
Não obstante, da mesma maneira sei, e não se ofenda caríssimo leitor, pois digo-o como elogio, que o bicho mais conhecido como “leitor” é coisa universal pois, independentemente de idade, género, crença, classe, ofício, clube de futebol ou cor preferida, vai querer ler este texto até ao fim, pela simples curiosidade de saber o desfecho. Sei-o, pois “leitor” também sou. Que é o “leitor” senão uma criança de volta dos presentes de Natal, agitando cada pacote, tentando adivinhar que surpresa o embrulho oculta? Pois bem, desde já lhe adianto, curioso leitor, que o desfecho é uma treta. É mau. Não tem qualquer reflexão interessante, nem sequer um twist de fazer arrepios correr espinha acima, espinha abaixo. Read at your own risk... of utter disappointment.
Bem, são agora 6:30am e, apesar de ser Sábado, tenho que “acordar” ás 6:45, porque decidi meter-me num comboio para Cardiff bem cedinho para só voltar à noitinha. Se o sono não me vencer entretanto, até me parece que vou ter um dia em grande.
O despertador toca...
Com os melhores cumprimentos,
Helel Ben Shahar
Helel Ben Shahar
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