Entrevistador: Diga-me, qual a sensação de vencer a Liga Angélica?
Lúcifer: Bem, não lhe vou mentir, é uma sensação muito boa! Afinal, o último campeonato que vencemos foi há mais de 2000 anos.
E: Em grande parte, essa vitória deveu-se à lesão da estrela da altura, Jesus. Não concorda?
L: De maneira nenhuma! Jesus era bom e ainda tentei contratá-lo à última da hora. Mas, se quer a minha opinião, não passava de um pirralho mimado que só tinha a importância que tinha por ser filho do Presidente do clube. Estava lesionado, estava lesionado... mas três dias depois já estava de pé! Cá pra mim, não há lugar para manhas na Liga.
E: Pensa que teria vencido mesmo com Jesus na equipa adversária?
L: Sem dúvida, sem dúvida! É verdade que Jesus era uma peça fundamental, mas nós também tinhamos bons jogadores na época: Astaroth, Leviathan, Adramelech, Beelzebub. E, claro, Judas foi uma mais valia de última hora. Mas não falemos mais do passado!
E: Mais de 20 séculos passados, o que pensa que o levou à vitória?
L: Muito trabalho e espírito de equipa. No século XX contratámos grandes estrelas: a dupla de centrais Hitler e Mussolini provou ser invencível. Com Milošević ao ataque e os corredores feitos por fenómenos como Mao e Salazar, era impossível perder.
E: No entanto, é impossível negar o valor do seu adversário directo.
L: É assim: claro que o nosso adversário tinha uma equipa sólida. Mas, sejamos sinceros, não quer, certamente, comparar uma Lúcia ou um João Paulo à exímia técnica de um Franco ou de um Mobutu, pois não?
E: E planos para o futuro?
L: Espero continuar a gerir a equipa como tenho feito até hoje. Tenho uma relação muito especial e muito forte com os jogadores e com os adeptos, e desejo levar este grupo a mais vitórias. No entanto, se surgir uma proposta de um clube como o Chelsea ou o Salgueiros, será caso para pensar no assunto.
E: Muito obrigado pelo seu tempo e boa sorte para o futuro.
L: O prazer foi todo meu! Volte sempre que quiser.
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