24.3.09

Terno azul



Já cá fazias falta. É uma obra de arte esta canção. O sortilégio da música está impregnado no módulo da pasta em tons de madeira do IKEA e a nave espacial ainda não se soltou do cais que se despega das colunas cinzentas da memória e dos cemitérios que nos proporciona a guitarra da sala de jogos dum cabaré escuso. Tudo flui aqui, a água suja do Tejo, o sermos sempre assim, o against all odds característico dos jogadores de poker, da Tess, o desejar boa sorte gingando o samba, o tango com a Rosa nos dentes, it takes two, o sim, o não e até as cartas para a Dora. A fugidia da Dora e mais o terno. Sim, mais o terno. O teu elegante terno azul.

Foto via Shoot to kill.