2.11.08

Ruiva, mulher ruiva

Ela tinha tudo, entre o querer ser portuguesa o partir brasileira e o desejar-me aqui, o mundo era dela, assim, como se ninguém mais fosse tido perdido ou roubado nas fodas que ela dava, por fora - sim, estudante de profissão - todas as noites, menos a de Domingo, Domingo para ela era sagrado e nome dela era Rita.

Por acaso, sem mais noite nem menos dia de tarde ou já agora quase de desquite, como se apresentava na padaria às 16horas e trinta, às 10 da manhã, da manhã seguinte, ela não era, nunca foi, nem jamais será... O amor da minha vida pois esse se escreve com a primeira letra do alfabeto. com a letra A.

Chamava-se Rita e fodia de mister, enrolava patos, matava saudades com os amigos a quem dizia por dizer de Lúcio como se não fosse de sua virtude enrolar todos os patos que passam perdidos na noite embora cheios de carteira ou não fosse essa a virtude de ser dos patos que passam ao pé de ti.

Joana.