10.11.08

Costa Júnior


Feito de rotinas e de desencontros, leva algum tempo a instalar-se embora esteja sempre presente. Harre, diabo. É bom olhar em frente, ver-te ao espelho e sorrir, compreender e saber deixar estar-te, simplesmente. Não prestar atenção ao que dizem em torno, não prender as nódoas negras que nos despem a pele. Caminhar, apenas. Harre, diabo, sempre em frente.

Caminhar em frente sem ver as palas dos outros mesmo que não calhe de ser assim ou que não seja essa a nossa sina. Maomé. Cavaleiros. Meca. Camelos. Mar. Areia maravilhosa. Serena. Arábia. Mil e uma noites.

Costa Júnior. Pintura, oposição ao governo e cavalheiros elegantes no Café Ceuta da exposião do bairro. Numa cama de espuma todos deitados uns com os outros, como quem não quer a coisa. Mentira, tudo isso é falso, j'acuse!, jacuzzi, sistema, Ceuta. Avenida de Ceuta. Ponte 25 de Abril.

Avenida dos Aliados. Futebol Clube do Porto. Lisboa a arder. Mentes cão. Bebes o perfume das chamas. É uma gaja. Esquece. Peso da Régua. Esquece, deixa lá isso. Vila Real de Santo Àntónio, está morno e mesmo assim insisto na forma de dizer.


É um gaja, claro que é uma gaja, seria estúpido se o não fosse, correcto? Quem sabe. eu não, não tenho nada a ver com isso, façam como entenderem melhor, tou no ir e não estive aqui, certo?

Na boa. Fica bem, puto. Não te esqueças das horas. Nem da imaginação. Ou dos dentes. Meu amor. Fica bem otário. Lambuza o chão, palhaço. Não te dás a ninguém, burro.

Cool, estou cool. Estou Costa Júnior.