14.10.08

Interlúdio poético

Não move moinho. Não humedece linho. Não espraia carinho. Nem corre com mimo. Dor passada. É água parada, estagnada e esquecida, como palavra já lida. Dor ou água... A dor tem muita rima e assim é da sua sina, é dor de mágoa. Mas dor que é dor sempre rima. Como quem lima a dor que hora finda. Dor que é dor é água. Rima-a se sempre mais é com pudor. que o mesmo é dizer ódio e por vezes amor.