1 – Professores franceses.
2 – Professores energúmenos (passe a redundância).
3 – Rede de transportes públicos da vila de C.
4 – Telemóveis com bom sistema de som em locais públicos com decibéis a mais a tocar kizomba.
5 – Proprietários dos referidos telemóveis.
6 – Lamaçal à porta de casa.
7 – TMN.
8 – «Bónus»
9 – Telenovelas
10 – Não ter um décimo factor para odiar, mas, também a noite até foi modestamente…fixe. Pronto… migalhas na cama.
Estas são apenas algumas das coisas que tornaram o meu dia tão especial. Hoje, odeio este conjunto de coisas e, certamente, amanhã continuarei a odiá-lo, sendo sempre uma lista em crescendo. O ódio não é como o amor. O amor é daquelas coisas que vai e vem, uma memória querida, um presente agradável ou uma ânsia que chegue. Já o ódio entranha-se em nós como o fedor nos ténis depois de um jogo de futebol. Por exemplo, odeio o ponto 1 e, por consequência, o ponto 2. Se sempre os odiei? Não, pois nem sempre existiram. No entanto, desde que me apercebi da sua existência que os odeio profundamente e tenho a certeza de que continuarei a odiá-los enquanto existirem. Assim, os ódios não vão nem vêm, antes acumulam-se e multiplicam-se como coelhos na época do cio, todos os dias, durante toda a vida. Penso, até, começar a elaborar um pequeno diário do que odeio, consultá-lo mais tarde com os netos e recordar-me desses ódios de juventude, constatando, não sem uma ponta de ironia, como continuam a ser actuais.
E vocês? O que torna o vosso dia tão especial quanto o meu?
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