6.12.07

A faculdade e a bosta


Tenho-me deparado com um curioso incidente nestes últimos dias quando chego à faculdade. Parece haver um aumento exponencial da quantidade de bosta que invade a calçada em frente do edifício principal e isso preocupa-me. E, atenção, não se trata de uma simples e inocente bosta de caniche ou de outro sabujo qualquer; trata-se de grandes e extremamente fedorentos pedações de bosta de cavalo. Daqueles que colocam em sério perigo o calçado do português comum. Um professor poder-lhe-ia chamar aumento do ratio de dejectos por metro quadrado. Eu chamo-lhe merda, mas, por outro lado, eu não sou professor e nem ambiciono ascender a tal cargo. Não sei ensinar, nem tenho o dom da oratória. Porque puxo assuntos de merda como este? Bem, honestamente, não sei. Acho que não tenho realmente nenhum assunto interessante sobre o qual escrever. Ou daí talvez tenha. Talvez apenas não me apeteça, ou simplesmente não saiba como expressá-los. Sim, é mais ou menos por aí. Nos últimos tempos, tenho sido assolado por fortes ondas de não-criatividade escrita. Pronto, pronto, admito, mesmo criativo não sou um Saramago (ufa!), nem um Eça. Mas, pergunto-me porquê? Estarei a ficar mais burro à medida que avanço nos meus anos de ensino? E que raio de algaraviada é esta que estou para aqui a escrever? Será criativo? Ou não será melhor do que a bosta dos cavalos da GNR que patrulham a faculdade numa busca incessante e esperançosa por alunos possuidores de estupefacientes, quais cães de fila? E porque é que me sinto tão mal, hoje!? Porque é que me sinto mal!? Preciso urgentemente de alterar o estado de consciência… Fortunately, God took pity on Man and invented whisky (and He saw that it was good) ou, em português, uísque. Naturalizações da merda! Bem, acho que é isso por hoje e talvez por algum tempo. Se calhar da próxima trago-vos mesmo um assunto relevante. Não sei… Vai depender da quantidade de bosta que amanhã encontrar no passeio...