25.11.06

Até partir o carter


Vinte para o meio dia. Café Madeira (junto ao quartel da GNR)

Grande broa. Já não estava habituado a dar três de seguida mas, pelo visto, constato, lisongeado, não perdi o jeito. Nisto, uma mãe e um carrinho de bebé passam na rua deserta e as lágrimas soltam-se descontroladas dos meus olhos vermelhos. Assim. Sem mais.

Tenho que arrancar outra vez e não me apetece. Ora, foda-se. Pago a porra do café que me soube mal, acendo um paivante que me faz engasgar e mando mentalmente a dona Rosa à merda. E a mente enche-se de Balões, de preferência, noventa e nove balões vermelhos. Lembram-se da Nena?.. Quem é essa? Estes cruzamentos inter-textuais ainda acabam por dar cabo de mim.

Às três da tarde tenho de estar em Lisboa. Bute. O Xantia ainda está quente de ontem e hoje acho que o vou pôr a ferver. Dá-lhe gás, caralho! A A1 é para se fazer a 180. Com piso seco. Sem trânsito. Se Deus quiser. Ah, sim, e não se pode esquecer que, comigo ao volante, no toca fitas é a Rolar com o Rei na Auto-Estrada para o Inferno.

Foto Picasso